Retiro o que disse...

Por mais que eu diga, não foi isso que eu queria dizer.

segunda-feira, agosto 25

Santogold

Nova Iorquina, Negra, Debochada e muito Criativa. Tudo em letras garrafais, pois Santogold merece. Santogold exala o caos do urbano e o frescor do gueto, e nessa mistura de sons que permeiam o hip hop, funk, rock e eletrônico, ela arranca suspiros do meu corpo acéfalo.

O deboche de Santogold é o que mais chama atenção. Ela faz uma música que parece ser totalmente sem compromisso e sem querer. Canta com a malemolência dos negros e a certeza que será é uma granada prestes a explodir. Mais uma das cantoras relevadas pelo São MySpace, Santogold me veio a tona em uma propaganda da Converse ao lado de Julian Casablancas e Pharrell. Vi o Pharrell, e tudo bem. Vi o Julian, e ok. Mas quando me deparei com Santogold, ela me cativou numa quebrada quase Pequeno Príncipe. Sentando sempre mais perto de mim e me cativando a cada dia. Aí hoje eu fico ouvindo Santogold pela rua e fingindo que nada acontece.

O seu cd é muito bom. Experimental demais pra ser hip hop ou funk. Eu diria que é experimental demais pra se enquadrar em qualquer nomenclatura, pois em uma música ela abusa do reggae, na outra joga uma baladinha, em uma bota um baixo/guitarra estourando os tímpanos. Louca. Mas apaixonante. Ela mixa cafona com glamour e está tudo bem. Ela é feia como o demônio, mas sai bem na foto. E é isso o que importa! Ela é feia, mas tá na moda. Ou estará, em breve.

Essa vadia tem meu coração.

PS: A primeira vez que João foi a uma boite foi num show de Tati Quebra Barraco. Não queira saber qual era a boite.